Assassin’s Creed Shadows finalmente chegou… e não é apenas mais um capítulo da longa saga da Ubisoft. É uma jornada que nos leva direto ao coração do Japão feudal, carregada de promessas, expectativas e também polêmicas. Mas será que ele realmente entrega o que prometeu? Prepare-se… porque essa é a nossa análise completa, destrinchada por tópicos e pensada para você que busca uma opinião sincera, direta e detalhada.
Pontos Fortes – Onde o jogo acerta… e acerta forte.
Ambientação e Visual
Se tem algo que é praticamente unânime, é a beleza de Assassin’s Creed Shadows. O Japão feudal é deslumbrante. As estações do ano mudam, o vento carrega folhas secas, a chuva transforma estradas em lama, e o pôr do sol pinta cenários que parecem quadros. É, sem dúvida, um dos mundos abertos mais vivos, detalhados e imersivos que a Ubisoft já criou.
A tecnologia por trás disso não decepciona. O jogo usa uma nova versão da engine Anvil, com melhorias gráficas nítidas, iluminação realista, reflexos aprimorados e uma física muito mais orgânica. Caminhar por vilarejos, florestas ou castelos não é só exploração… é uma experiência estética.
Gameplay de Dupla Protagonista – Samurais e Ninjas
Aqui mora um dos maiores trunfos do jogo. Você alterna entre dois protagonistas com estilos completamente diferentes: Yasuke, o samurai, e Naoe, a shinobi. Enquanto Yasuke representa a força, o combate pesado, armaduras robustas e ataques destrutivos… Naoe traz de volta o que muitos fãs pediam: o stealth clássico.”
Com ela, você escala telhados, se esconde na vegetação, apaga tochas para criar sombras e pode até destruir estruturas para criar oportunidades. Já Yasuke é o tanque: entra de peito aberto, enfrenta vários inimigos ao mesmo tempo, derruba portas e quebra defesas com uma brutalidade que não se via desde Assassin’s Creed Origins.
Exploração, Atividades e Mundo Vivo
O mapa é vasto, mas diferente de Valhalla, não se perde no excesso. As atividades são bem distribuídas. Você pode caçar, construir sua vila, participar de guerras locais, forjar armas, ou se perder em missões secundárias que exploram aspectos da cultura japonesa, do bushido à vida camponesa.
O ciclo de estações também não é só estético: ele impacta a jogabilidade. No inverno, lagos congelam e criam novas rotas; na primavera, a vegetação fica mais densa, favorecendo o stealth.
Pontos Fracos – Onde Shadows tropeça… e feio.
História Fraca e Desapontamento Narrativo
“Se por um lado o mundo é incrível… a narrativa decepciona. Muitos críticos apontam que a história é rasa, previsível e cheia de clichês. A relação entre Yasuke e Naoe, que tinha tudo pra ser complexa e emocionante, é tratada de forma superficial.”
Ao longo da campanha, momentos que deveriam ser épicos acabam se perdendo em diálogos forçados e uma condução narrativa que não prende. Faltam reviravoltas… faltam surpresas. É como se a Ubisoft focasse tanto no gameplay e no mapa, que esqueceu de escrever uma história à altura do cenário.
Repetitividade e Estrutura de Missões
E sim… um velho problema da série retorna. Depois de algumas horas, as missões começam a parecer mais do mesmo. Invada uma fortaleza, colete um item, assassine um alvo… repita.”
“A diferença de estilos entre os protagonistas até ameniza isso, mas não o suficiente pra evitar aquela sensação de que o jogo poderia ter sido mais criativo nas tarefas. Missões secundárias, em boa parte, são caça a colecionáveis ou tarefas simplistas.
Problemas Técnicos e Bugs
Apesar do polimento gráfico, Assassin’s Creed Shadows não escapou dos bugs. IA inimiga bugando, personagens travando na geometria do cenário, animações quebradas e erros de física aparecem, principalmente nas versões de console base e PC no lançamento. Nada que quebre o jogo, mas suficiente pra gerar frustração.
Comparando com Jogos Anteriores da Franquia
Se compararmos com títulos recentes, Shadows representa sim um avanço técnico e uma tentativa de equilibrar elementos clássicos e modernos da série. O stealth de Naoe lembra muito Assassin’s Creed Unity e Syndicate, enquanto o combate de Yasuke bebe diretamente de Origins e Valhalla.
Se por um lado ele é mais focado que Valhalla e menos raso que Mirage, por outro não consegue atingir o peso narrativo de Assassin’s Creed 2 ou Black Flag.
Pra Quem é Esse Jogo?
Se você é fã de stealth, de ambientações orientais e de jogos de mundo aberto bem construídos… Assassin’s Creed Shadows é, sim, uma excelente escolha.
Se o que te move é uma boa história, com roteiros memoráveis, personagens complexos e desenvolvimento emocional… você vai se decepcionar.
“E se você é fã da franquia, esperando um equilíbrio entre os sistemas de RPG modernos e as raízes do parkour e assassinatos furtivos… Shadows provavelmente vai te agradar muito mais do que Valhalla ou Odyssey.
Conclusão
Assassin’s Creed Shadows é, acima de tudo, um jogo lindo, tecnicamente impressionante e que finalmente oferece uma experiência de stealth digna dos tempos de Ezio e Altair… mas que tropeça onde a Ubisoft já costuma falhar: na narrativa simplificada e na repetitividade.
Ainda assim, é um dos melhores Assassin’s Creed dos últimos anos… especialmente pra quem sempre sonhou em vestir a armadura de um samurai ou se mover nas sombras como um verdadeiro shinobi.