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Review: Sword of the Sea – Vale a Pena

Existem jogos que a gente joga para se desafiar, outros para mergulhar em uma grande história, e alguns que parecem feitos para a gente simplesmente sentir. Sword of the Sea é exatamente isso: uma experiência que mistura arte, música e movimento em algo único. Desde o primeiro momento em que peguei a Hoversword e comecei a deslizar, ficou claro que este não era só mais um jogo indie estiloso, mas sim uma jornada pensada para emocionar e marcar.
Não espere explosões, batalhas épicas ou diálogos densos. O que você encontra aqui é uma viagem meditativa, carregada de beleza e simplicidade, mas também cheia de momentos capazes de ficar na memória.

Jogabilidade: a magia da Hoversword

O coração de Sword of the Sea está na sua jogabilidade, e é aqui que o jogo conquista de cara. A Hoversword é uma ideia simples, mas extremamente bem-executada. É como se você estivesse surfando em ondas de areia, deslizando em neve ou até mesmo navegando por mares submersos. A fluidez dos controles transmite uma sensação de liberdade que poucos jogos conseguem passar.
Não é só sobre ir do ponto A ao ponto B, é sobre como você chega lá. Você pode pegar impulso em rampas, fazer manobras no ar e explorar os cenários de forma quase artística. Cada movimento tem peso, mas nunca deixa de ser suave. É aquele tipo de mecânica que faz você sorrir sozinho, só pelo prazer de controlar.

Arte e Trilha Sonora: um espetáculo visual e sonoro

A direção de arte é, sem dúvida, um dos maiores pontos fortes do jogo. Cada ambiente parece pintado à mão, com uma paleta de cores que muda conforme o clima, o bioma ou o tom da área que você explora. Há desertos quentes e dourados, ruínas misteriosas que evocam melancolia, áreas gélidas que transmitem calma e até mares cheios de vida que quebram qualquer monotonia visual.
Mas essa beleza não seria tão impactante sem a trilha sonora. Austin Wintory, já conhecido por trabalhos icônicos, entrega aqui uma composição que casa perfeitamente com a proposta. A música não é só pano de fundo: ela guia suas emoções, te empurra em momentos de intensidade e te embala em momentos de contemplação. É o tipo de trilha que você sente no peito, e que amplia o impacto de cada paisagem.

Uma experiência contemplativa

O diferencial de Sword of the Sea é o ritmo. Ele não é um jogo que tenta te desafiar a todo momento, nem que exige estratégias complexas. A proposta aqui é outra: criar uma jornada que se aproxima mais de uma experiência meditativa. Você avança, contempla, desliza, observa, e muitas vezes se pega apenas curtindo o caminho em vez de se preocupar com o destino.
Esse aspecto pode não agradar quem espera ação constante ou narrativa intensa, mas é justamente essa calma que torna o jogo especial. Ele é construído para ser sentido, não apenas jogado. Em um mercado que vive tentando impressionar com números, mapas gigantescos e infinitas tarefas, Sword of the Sea se destaca justamente por fazer menos, mas fazer esse “menos” com muito mais alma.

Pontos que deixam a desejar

Nem tudo é perfeito, claro. A narrativa, por exemplo, é bastante simples. Ela existe mais como pano de fundo, deixando espaço para a interpretação do jogador, do que como um enredo profundo ou cheio de reviravoltas. Isso não é um problema se você embarcar na proposta, mas pode decepcionar quem espera uma história marcante.
Outro ponto é o sistema de truques com a Hoversword. Ele é divertido, especialmente porque adiciona estilo às manobras, mas fica na superfície. Dava para o jogo explorar mais essas possibilidades e trazer desafios que exigissem maior domínio dessas técnicas.
E por fim, a duração. Sword of the Sea é um jogo curto, que pode ser terminado em poucas horas. Dependendo da sua expectativa, isso pode soar como um ponto negativo, especialmente quando comparado ao preço (Fica a dica: se você é jogador de Playstation, aproveita que ele está disponível na Plus). Ainda assim, é importante destacar que essa brevidade contribui para a coesão da experiência, não há momentos arrastados ou conteúdo colocado só para estender o tempo de jogo.

Veredito

No fim das contas, Sword of the Sea é um jogo que aposta em uma proposta clara: ser uma experiência artística e contemplativa. Ele não tenta competir com títulos gigantes em escala, mas sim oferecer algo único, memorável e que transmite sensação pura. O gameplay é fluido e prazeroso, a direção de arte impressiona e a trilha sonora emociona.
Se você busca uma experiência relaxante, cheia de momentos de beleza e com uma identidade muito própria, esse é um jogo que merece a sua atenção. Pode não ser longo ou complexo, mas é daqueles que ficam na memória justamente pelo impacto visual e sensorial.

Sword of the Sea entrega uma experiência única e contemplativa. A Hoversword traz uma jogabilidade fluida e prazerosa, enquanto a direção de arte e a trilha de Austin Wintory criam momentos emocionantes. Curto e com narrativa simples, pode deixar alguns querendo mais, mas conquista pela beleza, imersão e sensação inesquecível de movimento.
85º
85º
HOT TAKE: Explosivo

- Narrativa:

Simples e Simbólica

- Combate:

Viciante

- Trilha sonora:

Emotiva e Imersiva

- Diversão:

Fluida e Contemplativa

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